OLHAR URBANO
DISCRIMINAÇÃO NO CASO KONISHI
Dr.Leonai Garcia quer injeção letal para o assassino de Carol.
Por> Neca Machado- Bacharel em Direito
Em pleno século XXI fala se muito em DIREITOS, mas, o que a sociedade não vê é a eficácia e a aplicabilidade desses “ditos” direitos.
“Há duas formas de discriminar: a primeira, visível, reprovável de imediato e a segunda, indireta, que diz respeito a prática de atos aparentemente neutros, mas que produzem efeitos diversos sobre determinados grupos.”
No caso KONISHI a discriminação é visível ao relacionar o crime a uma motivação SEXUAL de Marcelo Konishi com o assassino.
Vivemos um processo de desenvolvimento das relações sexuais, muito se avançou, nesses últimos séculos, muitas conquistas foram reconhecidas pela sociedade, porem, ainda existe a tal discriminação CAMUFLADA em um verdadeiro pacto de silencio sobre as atividades sexuais desenvolvidas por muita “gente de Bem da sociedade”.
Lá fora todo mundo sabe, todo mundo critica, mas dentro de casa, fecham se as cortinas e o silencio impera, como um PACTO de harmonia de convivência hipócrita entre as famílias, existem muitas famílias formadas de homossexuais que se casaram, tiveram filhos e morrem de medos de serem descobertos.
Por aqui todo mundo sabe quem pratica sexo com quem, todo mundo fala de quem é ladrão, todo mundo sabe quem é prostituta, homossexual ou lésbica..
Mas, quando você leva essa pessoa a JUSTIÇA, lá as coisas mudam de rumo...
Eu sempre repito que fui conhecer o ser humano na Justiça, lá ele se humilha, fica acuado, tem medo....
O assassino confesso do caso KONISHI cometeu um CRIME, e por sinal HEDIONDO, mas, ele tem DIREITOS, a defesa e ao contraditório, ele jamais poderá ser MORTO como um acerto de contas pelo que cometeu.
Onde fica a JUSTIÇA se o matarem na penitenciaria, onde fica a sua proteção desde que o estado o colocou sob seu poder¿
Se o MATAREM, sua família tem direitos a indenização.
ERROS existiram não se pode negá-los.
O assassino cometeu um crime cruel contra 3 pessoas indefesas das quais ele gozava de confiança.
A vitima, cometeu erros, ela como detentora de conhecimento jurídico e cientifico, JAMAIS poderia ter colocado em sua casa alguém que conheceu em pouco tempo, ela estava no Amapá somente 3 anos, deveria e tinha a obrigação de ter PRUDENCIA.
Não teve.
Agora querer fazer justiça com as próprias mãos é DISCRIMINAÇÃO.
Será que retornamos ao tempo de olho por olho, dente por dente¿
Não dá para aceitar.
O ex jogador Bira veio ao radio revoltado dizer que nem conhecia o assassino.
Independente de quem cometeu CRIMES, alguém vai ter que apóia-lo quer seja a família ou a justiça, nenhum PAI ou Mãe manda o filho praticar CRIMES.
Se praticou, tem que PAGAR, vai receber a sanção que a justiça lhe impuser, mas se esquivar de apóia-lo, também é crime.
Se não quiser ir a delegacia se expor, contrate um Advogado, mas o que não se pode é deixar voltar as velhas praticas de olho por olho.
Tem JUSTIÇA.
Eu acredito na justiça
A sua defesa é uma garantia constitucional, ele deve ter MOTIVOS, cabe a policia investiga-los.
Existe um PROCESSO que terá fim, lá a sociedade vai saber o que de fato aconteceu.
Para o direito, existe muita analogia de interpretações.
O que eu não aceito é INCITAR A MORTE DO ASSASSINO em um veiculo de comunicação de AMPLA abrangência,
Há um perigo iminente de não se fazer justiça através da justiça.