OLHAR URBANO
SENSIBILIDADE?
É com tristeza de ser TECNICA e administradora que observamos as expressões utilizadas pelos atuais governantes municipais.
A vice Prefeita falando de SENSIBILIDADE no serviço publico, é angustiante, no serviço publico se fala de COMPETENCIA, do trabalho de técnicos, eles conhecem a ciência, e as soluções.
Por isso que muita coisa não da certo, as pessoas vão aprender no serviço publico em detrimento das universidades.
sábado, 11 de julho de 2009
SARNEY
OLHAR URBANO
EXTRAIDO DA REVISTA VEJA
SARNEY…
“Através de sua ganância, ele afunda cada vez mais... E dizem que seria enterrado aqui no FORTE, no lugar bonito...”
Até parece uma cadeira elétrica
Diminuído como presidente do Senado e quase ferido de morte
política, José Sarney recorre à ajuda do presidente Lula e do PT
para tentar escapar do mesmo destino de seus antecessores
Otávio Cabral
Os excelentíssimos senhores abaixo - e outros que podem ser vistos nas páginas seguintes - não se deram conta de que o Brasil está mudando e a sociedade elevou o grau de intolerância com os políticos descompromissados com o interesse público. Prova disso é que nos últimos anos três ex-presidentes do Congresso perderam o cargo por envolvimento em casos de corrupção, fraudes e irregularidades variadas.
O senador Antonio Carlos Magalhães, que já morreu, usou sua autoridade para permitir, entre outras coisas, a violação do sigilo do painel de votações.
O senador Jader Barbalho se aproveitava das prerrogativas de presidente para obter vantagens financeiras, por meio das quais conseguiu acumular uma vistosa fortuna.
O senador Renan Calheiros, o último a deixar pela porta dos fundos a presidência, mantinha uma rede de amigos empreiteiros para todo tipo de obra, inclusive bancar suas despesas pessoais.
Há cinco meses, o senador José Sarney, o atual presidente, vaga por um labirinto de acusações que a cada dia apequenam sua biografia.
Acuado, ele chegou a pensar na semana passada em comunicar a renúncia - hipótese que ainda não está descartada. Seria o quarto presidente a deixar o cargo em oito anos.
Existe um problema envolvendo aquela imponente cadeira azul de couro, desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e um dos símbolos maiores do poder da democracia - e não é ergonômico. José Sarney e os nela fritados Renan Calheiros, Jader Barbalho e ACM têm uma característica essencial em comum.
Todos são oriundos de poderosas oligarquias políticas do Norte e Nordeste, acostumadas a apoiar o governo de plantão, seja ele qual for. Essa simbiose alimenta a liderança política regional e, em contrapartida, garante estabilidade ao governo no Congresso. Sarney, Renan, Jader e ACM apoiaram todos os governos desde a redemocratização, em 1985. A única exceção, mesmo assim temporária, foi o senador ACM, que tentou aproximar-se de Lula, mas foi rejeitado por divergências históricas com o PT - quando o PT, é claro, ainda tinha divergências históricas. O problema é que tal sociedade de interesses políticos é mantida à custa da indicação de milhares de pessoas para ocupar cargos na administração federal e da distribuição nem sempre republicana de bilhões de reais em verbas do Orçamento da União. Traduzindo: usa-se dinheiro público, o nosso dinheiro, literalmente como moeda de estabilidade. É nesse ambiente que florescem o clientelismo, o fisiologismo, o nepotismo e a corrupção - as antigas más práticas que estão na raiz da recente crise do Congresso.
EXTRAIDO DA REVISTA VEJA
SARNEY…
“Através de sua ganância, ele afunda cada vez mais... E dizem que seria enterrado aqui no FORTE, no lugar bonito...”
Até parece uma cadeira elétrica
Diminuído como presidente do Senado e quase ferido de morte
política, José Sarney recorre à ajuda do presidente Lula e do PT
para tentar escapar do mesmo destino de seus antecessores
Otávio Cabral
Os excelentíssimos senhores abaixo - e outros que podem ser vistos nas páginas seguintes - não se deram conta de que o Brasil está mudando e a sociedade elevou o grau de intolerância com os políticos descompromissados com o interesse público. Prova disso é que nos últimos anos três ex-presidentes do Congresso perderam o cargo por envolvimento em casos de corrupção, fraudes e irregularidades variadas.
O senador Antonio Carlos Magalhães, que já morreu, usou sua autoridade para permitir, entre outras coisas, a violação do sigilo do painel de votações.
O senador Jader Barbalho se aproveitava das prerrogativas de presidente para obter vantagens financeiras, por meio das quais conseguiu acumular uma vistosa fortuna.
O senador Renan Calheiros, o último a deixar pela porta dos fundos a presidência, mantinha uma rede de amigos empreiteiros para todo tipo de obra, inclusive bancar suas despesas pessoais.
Há cinco meses, o senador José Sarney, o atual presidente, vaga por um labirinto de acusações que a cada dia apequenam sua biografia.
Acuado, ele chegou a pensar na semana passada em comunicar a renúncia - hipótese que ainda não está descartada. Seria o quarto presidente a deixar o cargo em oito anos.
Existe um problema envolvendo aquela imponente cadeira azul de couro, desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e um dos símbolos maiores do poder da democracia - e não é ergonômico. José Sarney e os nela fritados Renan Calheiros, Jader Barbalho e ACM têm uma característica essencial em comum.
Todos são oriundos de poderosas oligarquias políticas do Norte e Nordeste, acostumadas a apoiar o governo de plantão, seja ele qual for. Essa simbiose alimenta a liderança política regional e, em contrapartida, garante estabilidade ao governo no Congresso. Sarney, Renan, Jader e ACM apoiaram todos os governos desde a redemocratização, em 1985. A única exceção, mesmo assim temporária, foi o senador ACM, que tentou aproximar-se de Lula, mas foi rejeitado por divergências históricas com o PT - quando o PT, é claro, ainda tinha divergências históricas. O problema é que tal sociedade de interesses políticos é mantida à custa da indicação de milhares de pessoas para ocupar cargos na administração federal e da distribuição nem sempre republicana de bilhões de reais em verbas do Orçamento da União. Traduzindo: usa-se dinheiro público, o nosso dinheiro, literalmente como moeda de estabilidade. É nesse ambiente que florescem o clientelismo, o fisiologismo, o nepotismo e a corrupção - as antigas más práticas que estão na raiz da recente crise do Congresso.
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