OLHAR URBANO
DIA NACIONAL DA MULHER
30 DE ABRIL
HOMENAGEM AS NOSSAS PIONEIRAS DO AMAPÁ
Foi no dia 30 de abril que nasceu a fundadora do Conselho Nacional da Mulheres, Sra. Jerônima Mesquita. Como homenagem àquela extraordinária mulher, grande filantropa, foi escolhido o dia de seu nascimento para se comemorar o Dia Nacional da Mulher.
Derrubaram-se tabus, obstáculos foram vencidos, a ocupação dos espaços foi iniciada. Graças à coragem de muitas, as mulheres conquistaram o direito ao voto, a chefia dos lares, colocação profissional, independência financeira e liberdade sexual. Apesar de válidas, essas aberturas ainda são uma gota num oceano de injustiças e preconceitos.
No último século, o movimento feminista contribuiu imensamente para a efetivação das conquistas das mulheres. Embora muito tenha sido feito, as respostas às questões femininas são pouco eficazes, já que os homens ainda detêm a hegemonia em diversos setores sociais. As políticas públicas ainda devem muitos feitos à população feminina.
D. Jerônyma Mesquita
(1880-1972)
Jerônyma Mesquita, cunhada do Sr. Lych, havia trabalhado como enfermeira na guerra e conheceu o movimento escoteiro na Europa. No Brasil, participou da fundação da Cruz Vermelha, organização que dava assistência aos doentes e refugiados; dos Pequenos Jornaleiros, entidade para meninos órfãos ou carentes; e da Pró-Matre, uma instituição para gestantes carentes.
Jerônyma Mesquita é a Chefe Fundadora do MB no Brasil.
Aos 29 anos, Jerônyma Mesquita se empenhou em dar todo o apoio à organização do movimento das Girl Guides no Brasil, que se apresentava como uma proposta pioneira – na época, era quase um escândalo um grupo de mulheres se uniformizar e se reunir para atuar em um movimento.
Jerônyma dedicou toda sua vida ao bandeirantismo e, por seus trabalhos em prol da sociedade foi condecorada com muitas honras. Entre elas estão: o título de “Oficial da Ordem Nacional do Mérito”, conferido pelo presidente da república; a primeira ”Estrela de Honra”, a maior condecoração bandeirante; e o “Tapir de Prata“, maior distintivo escoteiro do Brasil.
Éramos a Federação Brasileira das Girl Guides, mas logo o nome foi adaptado ao Brasil.
O nome “BANDEIRANTE” foi escolhido a partir da solicitação de Jerônyma Mesquita ao professor Jonathas Serrano. Este buscou na história do Brasil o sentido dos pioneiros, isto é, dos desbravadores, daqueles que vão à frente e abrem caminhos. Assim, o nome escolhido estaria adequado à idéia original de Baden-Powell (Guides, que também são aqueles que abrem caminhos para outros).