domingo, 6 de setembro de 2009
HAMBURGO
OLHAR URBANO
ESTAMOS EM HAMBURG OU HAMBURGO NA ALEMANHA
Como MANFRED meu esposo possui formação em Engenharia Mecanica Naval, me levou ao Porto de HAMBURGO para conhecer o MUSEU DE NAVIOS DAS DOCAS. Foi uma verdadeira viagem pelo melhor da navegaçao mundial, sua estrutura, capacidade, tipos de nos, e uma Galeria com a historia de navios europeus.
MAIS UM PRESENTE DE MANFRED
HISTORIA DE HAMBURGO
Hamburgo foi assim denominada devido à primeira construção permanente no local, um castelo construído por ordem do Imperador Carlos Magno no ano 808. O castelo foi construído em um leito rochoso no pântano entre os rios Alster e Elba como defesa contra incursões eslavas. O castelo foi denominado Hammaburg, onde "burg" significa "castelo". A palavra "Hamma" é de origem incerta, no alto-alemão antigo hamma significa tanto “ângulo” quanto “pastagem. O ângulo podia se referir a um pedaço de terra ou a uma curva do rio. Entretanto, a língua ali falada possivelmente era o alto-alemão antigo, pois o baixo-saxão foi ali falado posteriormente. Outras teorias sustentam que o castelo recebeu o nome da vizinha floresta de Hamma, ou da vila de Hamm, posteriormente incorporada à cidade. Hamm como nome de localidade é comum em alemão, porém o seu significado preciso é igualmente incerto.
Em 834 Hamburgo foi designada sede de um bispado, cujo primeiro bispo, Ansgar, tornou-se conhecido como o Apóstolo do Norte. Em 845 uma frota de 600 navios vikings subiu o rio Elba e destruiu Hamburgo, na época um povoado de cerca de 500 habitantes. Dois anos depois, Hamburgo foi unida ao Arcebispado de Bremen como Bispado de Hamburgo-Bremen.
Em 983, a cidade foi destruída pelo rei Mstivoj of the Obodrites. Em 1030, a cidade foi incendiada pelo rei Mieszko II Lambert da Polônia. Depois de outros ataques em 1066 e 1072 o bispado mudou-se definitivamente para Bremen. Hamburgo sofreu vários incêndios de grande porte, principalmente os de 1284 e 1842.
Uma carta de 1189 do rei Frederico I "Barba Ruiva" deu a Hamburgo o status de Cidade Livre Imperial e acesso livre de impostos do baixo Elba até o Mar do Norte. Esta carta, assim como a proximidade da cidade em relação às principais rotas de comércio do Mar do Norte e do Báltico, rapidamente tornaram-na um importante porto do norte da Europa. Sua aliança com Lübeck em 1241 marca o surgimento da liga de cidades comerciais conhecida como Liga Hanseática.
Em 1529 a cidade adotou o Luteranismo, e Hamburgo logo recebeu refugiados protestantes dos Países Baixos e da França. Hamburgo estava na época sob soberania dinamarquesa, ainda que pertencendo ao Sacro Império Germânico como Cidade Livre Imperial.
Anexada durante curto período por Napoleão I (1810–14), Hamburgo sofreu consideravelmente durante sua última campanha na Alemanha, porém conseguiu unir forças para lutar contra ele, a Milícia dos Cidadãos de Hamburgo e a Legião Hanseática. A cidade foi sitiada por mais de um ano por forças aliadas (principalmente russas, suecas e alemãs). As forças russas, sob o comando do general Bennigsen finalmente libertaram a cidade em 1814. Durante a primeira metade do século XIX surgiu, principalmente na poesia romântica uma deusa padroeira com o nome latino de Hamburgo, Hammonia, e apesar de não existir nenhuma mitologia a seu respeito, Hammonia tornou-se o símbolo do espírito da cidade nesta época.
Em 1842, cerca de 1/4 da cidade foi destruída por um grande incêndio, que se iniciou na noite de 4 de maio e só foi extinto a 8 de maio daquele ano. O incêndio destruiu três igrejas, a prefeitura, e inúmeros outros prédios. Morreram 51 pessoas, e cerca de 20 000 ficaram desabrigadas. A reconstrução da cidade demorou mais de 40 anos.
Hamburgo experimentou seu mais rápido crescimento durante a segunda metade do século XIX quando a população mais do que quadruplicou, chegando aos 800 mil habitantes, à medida em que o comércio marítimo transformou-a no terceiro maior porto da Europa.
Tendo Albert Ballin como seu diretor, a empresa Hamburg-America se tornou a maior empresa de navios transatlânticos do mundo na virada do século, e Hamburgo também se tornou sede de empresas que faziam linhas para a América do Sul, África, Índia e Extremo Oriente. Hamburgo tornou-se uma metrópole cosmopolita baseada no comércio mundial. Era também o porto para a maioria dos alemães e europeus do leste que emigravam para o Novo Mundo, e se tornou lar de comunidades comerciais de todo o mundo (como uma pequena Chinatown em Altona, Hamburg).
Em 1903, surgiu ali o primeiro clube no mundo dedicado ao naturismo, o Freilichtpark aberto por Paul Zimmermann. Estava situado junto a um lago no sul da cidade formado pelo rio Alster, junto a uma praia fluvial.
Em 1938 os limites da cidade foram ampliados com o Groß-Hamburg-Gesetz ou Ato da Grande Hamburgo, que incorporou Wandsbek, Harburg, Wilhelmsburg e Altona ao seu perímetro.
Durante a Segunda Guerra Mundial Hamburgo sofreu uma série de bombardeios devastadores, que mataram 42 000 civis. Por causa disto, e devido às novas diretrizes do zoneamento urbano da década de 1960, o centro da cidade perdeu muito de sua antiga arquitetura. De 1938 a 1945 um campo de concentração nazista foi estabelecido no distrito de Neuengamme. Alguns de seus prédios foram preservados, e o local hoje serve de memorial.
Após a Segunda Guerra Mundial a Alemanha perdeu as suas colônias e Hamburgo perdeu muitas de suas rotas comerciais. A Cortina de Ferro — apenas 50 km a leste da cidade — separou-a de muitas de suas rotas de acesso por terra, e assim reduziu seu comércio total. A 16 de fevereiro de 1962 uma severa tempestade no Mar do Norte causou uma rápida elevação do leito do Elba, inundando 1/5 da cidade e matando mais de 300 pessoas.
Após a reunificação alemã em 1990 e o acesso de alguns países do Báltico e do Leste Europeu à União Europeia em 2004, o porto de Hamburgo e a cidade passaram a ambicionar o retorno ao seu antigo prestígio, como o maior porto de águas profundas da região para navios transportadores de contêineres, e o principal centro de comércio da região.
Geografia
Hamburgo localiza-se no ponto mais ao sul da península da Jutlândia, diretamente entre a Europa continental ao sul, a Escandinávia ao norte, o Mar do Norte a oeste e o Mar Báltico a leste. Hamburgo fica no ponto onde o rio Elba encontra os rios Alster e Bille. A área central da cidade situa-se em volta do ‘’Binnenalster’’ ("Alster interior") e o ‘’Außenalster’’ ("Alster exterior") sendo ambos lagos formados pelo rio Alster. A ilha de Neuwerk e duas outras ilhas no Mar do Norte também fazem parte de Hamburgo, e formam o Parque Nacional Marítimo Hamburgo Wadden.
No distrito de Neugraben-Fischbek está o ponto mais alto de Hamburgo, o Hasselbrack, de 116,2 metros.
Hamburgo tem importantes exemplos de arquitetura em prédios de variados estilos. Há apenas uns poucos arranha-céus. Igrejas como a de São Nicolau, o mais alto edifício do século XIX, são importantes marcos. No horizonte de Hamburgo vislumbram-se as cúpulas das principais igrejas (Hauptkirchen) (São Miguel, São Pedro, São Tiago e Santa Catarina) cobertas por grandes telhados de cobre.
Os muitos canais de Hamburgo são cruzados por mais de 2500 pontes, mais do que Amsterdão e Veneza somadas. Hamburgo tem mais pontes em seu perímetro urbano que qualquer outra cidade no mundo. As pontes Köhlbrandbrücke, Freihafen Elbbrücken e Lombardsbrücke são importantes vias de tráfego. O norte e o sul da cidade também são conectados por túneis, destacando-se o túnel sobre o Elba construído em 1911 (hoje um ponto turístico) e o túnel sobre o Elba de 1975, que é parte da via expressa Bundesautobahn