HOMENAGENS
Meu amigo Martel recebeu uma bela homenagem de futuros economistas, aqui uma copia de seu discurso.
Parabéns pela homenagem.
Agradecendo em primeiro plano a Deus, por esse momento, senhoras e senhores, mestres e doutores, formados e formandos, moços, crianças, amigos e amigas; saúdo a todos em nome daquele que dirige, senão a melhor, mas a mais conceituada Instituição de Ensino Superior do Norte deste Brasil, /e todos do seu corpo docente e discente do Centro de Ensino Superior do Amapá – CEAP, Professor e Diretor Leonil Pena Amanajás, em nome do qual referendo a mesa.
- O que é eterno se imortaliza no coração dos gigantes!
- É uma honra pra mim e toda a minha família, ser o paraninfo da Turma de Bacharéis em Economia e ser outorgado nesta solenidade.
Agradeço a lembrança de meu nome para este feito na pessoa do Mestre, Professor e Economista Joselito Abrante,/ de quem um dia fui aluno, no curso de Economia pelo CEAP onde me formei em Ciências Econômicas e hoje, em processo de conclusão do curso de Direito, agradeço também a Comissão organizadora dos festejos alusivos ao encerramento desta etapa de suas vidas na pessoa do meu amigo e formando Monteiro por terem referendado a proposta do mestre Joselito, quando da sua propositura. Tenho este convite como reconhecimento dos amigos que aqui plantei e isso prova a consideração e o respeito que há entre nós.
Tenho conversado muito com a mocidade acadêmica, principalmente com o estudante de economia –/ A respeito da economia e do mundo globalizado -/ e o que se aplica ao economista se aplica a todas as outras profissões.
Um drama –
Há um imenso drama no mundo moderno -/ bacharéis e moços que me ouvem -/ que se chama medo -/ que não se fale em timidez -/ que não se fale em barreira -/ de superego -/ e que não se dê um colorido ou um batismo diverso daquele que é na sua expressão fundamental, o medo -/ coexistem e convivem, nos dias onde vivemos -/ a violência institucionalizada, que para mim não é a mais importante -/ com a violência social -/ com a agressividade competitiva do mundo globalizado -/ com o descaso pelo próximo -/ com o desamor e não com o ódio -/ dentro de uma comunidade que não se contacta -/ que não se interpenetra -/ e que se dá reciprocamente com rancor -/ isso tem levado, se eu estou certo, nas minhas observações -/ a nova geração a ter medo -/ um medo indefinível -/ um medo que está difuso no seu espírito -/ um medo que está esgarçado na mente -/ mas um medo que leva a mocidade a pensar assim/ se eu fosse a guerra eu ganharia a guerra, mas como eu sei que eu ganho guerra eu não vou a guerra -/ e então fica na inércia, na inação / e então não faz, quando velada e é inconscientemente, na verdade não o faz/ - tendo como inspiração -/ tendo como motriz/ o opressor medo/ que esse médico / psicólogo que foi gênio da humanidade/ e que morreu no Rio de Janeiro dirigindo o Centro de Estudos Vocacionais Getúlio Vargas/ este homem de saber notável / que eu li e reli/ e que o grande Emílio Miro Lopes dizia/ que o inimigo nº 1 do homem é o medo -/ um dos maiores mestres da Rússia / - quando já estava nos seus derradeiros momentos de vida, chamou os seus discípulos e lhe disse: / vocês tirem o sexo do centro da vida psicológica/ Freud não tem razão -/ e coloquei no centro da vida psicológica do homem, o medo -/ porque ele é a força motriz desencadeante -/ ou inibidora da ação -/ é o medo que abarca, que abrange todas as estruturas da alma, toda contextura do homem -/ que disciplina a nossa conduta e o nosso comportamento -/ nos dias de hoje há como que uma ideologia do medo até -/ mas deixemo-la de lado para observar um outro aspecto do medo que é o medo social / que é o medo da crítica -/ cada um vivendo/ e imaginando que o outro está a julgar, mas /- a julgá-lo mal -/ fazendo com que as criaturas se inibam por um mecanismo, de ordem psicológica, / de tal maneira que eu vejo hoje, um certo pauperismo, que me desculpem vocês se há um contingente de irreverência até na colocação -/ eu vejo até um certo pauperismo na formação da personalidade da mocidade -/ por lhe faltar a capacidade de existir como coragem / de existir sem medo -/ e lutar / de ter uma auto-confiança muito grande -/ de ter dentro de si aquilo que os gregos diziam que o deus interior, ou seja, o entusiasmo / há um negativismo / e eu vejo até a mocidade dizer que ele é um projeto inviável -/ quero lhe dizer que um dia, -/ conversando com um contemporâneo de escola -/ e com um amigo mestre, doutor, desembargador, professor e secretário de segurança do Estado da Paraíba, dr. Odimar Agra, no expoente do mundo jurídico de tamanha monta que o auditório daquela ordem leva o seu nome, uma homenagem viva. Fazia-me perguntas a respeito de contemporâneo de escola, e eu fui me referindo àqueles que tinham adquirido maior ou menor sucesso,/ que tinham prosperado mais ou prosperado menos e verificou-se então, que os prognósticos eram totalmente diversos daqueles que -/ remontavam ao tempo da academia e ele me perguntou: -/ mas como pode isto? -/ Por que não vingou, não prosperou, não se combinou com a vida, um moço tão brilhante, tão estudioso, tão sério, tão limpo, tão bom? / e eu sem medo de errar dizia ao dr. Odimar Agra: “no caso do Bira, ele foi tragado pela vida por uma razão: ele foi covarde, ele foi um medroso”; - mas vocês falando e vocês se expandindo / - vocês não estão apenas sendo capazes de, nesta interação humana -/ se entenderem melhor -/ vocês estão libertando o espírito -/ vocês estão matando o medo / vocês estão criando uma maior capacidade de liderança.
Parem, -/ meditem, / observem: / a humanidade é extremamente covarde / eu não tenho nenhuma dúvida em afirmá-lo / de maneira que aquele que tiver a capacidade / de romper esta barreira do medo / que é um fantasma inexistente / - que é uma fabulação da alma e que não existe -/ isso está fortalecendo interiormente; -/ aí se está conquistando maior capacidade de liderança -/ aí se pode ter um influxo maior e no meio ambiente -/ expande o seu espírito que não pode ficar contido dentro de lides e dentro de limites muito restritos, -/ é fonte catártica -/ purificadora da alma -/ é uma forma de robustecimento interior -/ uma forma de expressão setriana -/ existir -/ repito -/ sobre o termo deste mundo muito hostil.
Formandos de hoje na minha adolescência -/ com a pertinácia de todos os dias -/ com a contumácia de fazê-lo incessantemente -/ eu lia e relia com uma avidez infinita de espírito -/ aquele -/ que ao menos àquela altura era para mim -/ um homem que pontificava no plano da elaboração mental e que era capaz de adentrar em todas as profundezas da alma -/ este extraordinário humanista suíço -/ que foi Henry Frederique Anriel -/ e dizia ele na sua obra entre tantas coisas-/ que, notoriamente, o homem tem duas almas -/ a alma noturna -/ e alma diurna -/ que o homem pensa alguma coisa durante o dia -/ e que o homem pensa outra coisa durante a noite -/ que durante o dia o homem se aproxima das coisas -/ as suas qualidades de animais se assentam -/ ele é mais rústico, ele é mais primário -/ à noite o seu espírito é mais leve, como diria da alma poética de uma grande amiga, jornalista, educadora e futura advogada Neca Machado. Reafirmando, que o homem à noite baila, dança, é mais suave -/ e ele se aproxima de Deus. -/ Então, quando eu vinha para cá com a Médica e Advogada Dra. Ana Agra, minha esposa, que cordialmente me acompanha nesta solenidade -/ perguntava-me -/ se seria possível a uma turma de formandos / enunciar, / falar, -/ verbalizar, -/ discursar -/ numa noite de gala como esta. Parece-me cáustico e antiestético esta dimensão, não consigo mensurar ou agregar valores da satisfação de todos vocês que, com certeza, se estendem a todos os presentes e a seus familiares, / e me parecia assim, que seria muito mais fácil para vocês traduzirem.
Se o espetáculo fosse ao ar livre e individual, ou mesmo noturno, como o é, quando o homem realmente se aproxima de Deus / o espírito fica muito mais refinado / requintado na sua forma de elaboração mental / mas afinal cheguei à conclusão, que mesmo na ostensividade da noite / ou do sol, mesmo que o dia renasça, / e a noite escura, mesmo que o dia amanheça, -/não foi possível destruir a capacidade criativa de cada um de vocês. /Tenho certeza que lembrarão os ensinamentos dos velhos e dos novos mestres; como a Adam Smith Lacambê, Fayol, Marx Weber, Alan Greepan, dentre outros.
Jamais percam de vista os 5 pontos fundamentais que regem a vida em sociedade; a justiça, a liberdade, a humildade e os bons costumes.
1. Trabalhar com dignidade
2. Trabalhar com honestidade
3. Trabalhar com competência
4. Ordem e disciplina
5. Ética e moral
E se nós observarmos o princípio da teoria da relatividade que afirmou Albert Einstein “Deus não precisou de dados para criar o homem, tudo foi planejado”.
O que me deixou profundamente satisfeito, embora não tenha ainda por inteiro é derrubada a tese do pensador, e quem sabe daqui desta turma não surja uma liderança econômica, a exemplo dos filósofos citados, que poderão revolucionar a teoria do passado, com a tecnologia do presente e avançar em passos largos para o futuro, vencendo todas as barreiras impostas pelo medo, na busca da vitória sócio-econômica, política e financeira, quebrando o paradigma do desnível social.
BOA NOITE