OLHAR URBANO
LEMBRANÇAS DE UMA QUITANDEIRA
Era ela....IZABEL MACHADO
Minha Mãe, minha Heroína.
Minha Fortaleza, hoje Divina....
Por> Neca Machado – Bacharel em Direito Ambiental e escritora.
Trazida de Breves do Pará pelas embarcações modernas, cheias de caboclos ávidos por melhorias.
Ela aportou no Igarapé das Mulheres, era mais uma Mulher em busca de Paz, de amor, de esperança.
Izabel Machado...
Tornou-se, Quitandeira.
Com seus Balaios de bananas, e com o suor de sua lavra, educou sua prole, vendia e nutria, doutores do Amapá, dentre eles, Dr. Barbosa seu cliente especial, juntamente com Jacy Barata Jucá, do qual tornou-se comadre, era padrinho de uma de suas filhas.
Caminhou sobre os sabores e tornou-se QUITUTEIRA.
Os sabores do Igarapé em suas mãos multiplicavam, criavam olhares e em suas descobertas tornavam-se QUITUTES.
Eram as belas bananas transformadas em manjares, adornadas de cores, em uma aquarela tropical, onde a canela reinava soberana, e sua torta de Banana, deixava saliva no canto da Boca, de quem tinha a felicidade de descobri-la.
Ah! Nobre Princesa tucuju Izabel Machado.
Quanta saudade, quanta lembrança.
Uma verdadeira Heroína, cheia de sonhos e de simplicidade, uma pequena mulher na dimensão, nem tinha 01 metro e 50 cm, mas, tão grande em sua importância no Laguinho.
Gostava tanto do Poço do Mato que lá tinha um pequeno pomar de abacaxis.
Era mais uma de suas atividades>
Quitandeira, quituteira, Lavadeira, plantadeira.... De sonhos e de esperanças.
Que orgulho sinto de ti.