OLHAR URBANO
Por Alcilene Cavalcante
Pego essa hashtag, usada no microblog twitter, nos últimos dias, pra iniciar este pequeno artigo.
O resultado da eleição mostrou que a sociedade optou pela mudança. Elegeu para o senado Randolfe e Capi e mandou para o segundo turno os dois candidatos de oposição: Os sem-máquinas, Lucas e Camilo. E disse não, aos candidatos que estavam instalados no poder.
Lucas Barreto, ao contrário do que tentoo pregar o adversário, não faz parte da harmonia.
Foi o primeiro a expor que havia corrupção no governo, quando denunciou os contratos do Ibrap, do famoso e invisível Gutemberg Jácome, como um dos ralos de corrupção do governo, e dignamente saiu do PDT, seu partido, que tinha chegado ao poder. E foi para o PTB, onde construiu nos últimos seis anos um caminho politicamente independente do chamado “grupo da harmonia”. Destaquei o assunto, por achar que é uma verdade que precisa ser restaurada e que a campanha de Lucas não respondeu, e esse é um momento que o eleitor precisa saber quem é quem.
Camilo Capiberibe, que é do PSB, partido que mais representa a oposição, e que antecedeu no governo “a harmonia”, faz um mandato atuante como deputado, denunciando a corrupção instalada no estado, bem como as mazelas na prestação dos serviços públicos.
Os dois se apresentam como candidatos da mudança.
No segundo turno a população vai decidir qual é a mudança que ela quer. A mudança com Camilo, que é do PSB que já governou o estado, com erros e acertos, bem conhecidos, mas com um candidato da nova geração do partido, e não o ex-governador Capiberibe. Ou a mudança representada por Lucas Barreto, que foi buscar um modelo de chapa como a que o presidente Lula fez quando colocou o empresário José Alencar como vice, sinalizando um ritmo empreendedor à gestão pública, com a presença do vice Jaime Nunes.
Lucas tem ao seu lado Randolfe Rodrigues, senador eleito, e o maior fenômeno eleitoral desta campanha, que teve sua vitoriosa candidatura criada a partir da visão de Lucas.
Camilo tem ao seu lado, o pai João Capiberibe, o segundo mais votado para o senado, que vive um bom momento de reconstrução de sua imagem pública, desconstruída nos últimos anos pela “harmonia” e seus aliados.
Vivemos uma eleição atípica com uma operação da Policia Federal na fase mais quente da campanha, que caiu feito uma bomba no processo político e eleitoral.
Vai vencer quem fizer a melhor campanha. Conseguindo se mostrar como sendo o governador que o Amapá precisa.
Alcilene M C Cavalcante Dias
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