segunda-feira, 11 de agosto de 2008
INTERESSANTE
Presidente da CEA, Josimar Peixoto, deu entrevista para explicar causas de prisão O presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Josimar Peixoto, classificou como arbitrária e extrema a decisão da Justiça em decretar sua prisão nessa sexta-feira, 8. Além do presidente da companhia foi preso o chefe da agência de Laranjal o Jari, José Lindomar. O pedido de prisão foi impetrado pelo promotor da comarca de Laranjal do Jari, Horácio Coutinho. A decretação da prisão foi expedida pelo Juiz Valcir Marvule.Durante entrevista coletiva concedida na manhã de ontem na sala de reuniões da companhia, Josimar Peixoto disse que passou cerca de três horas na Seccional de Flagrantes do Novo Horizonte. Ele saiu mediante pagamento de 25 salários mínimos que correspondem a cerca de R$ 14 mil. A Justiça, segundo o presidente da CEA, entendeu que ele é o responsável pela interrupção do abastecimento de energia elétrica na cidade de Laranjal do Jari.Anteriormente uma decisão obrigava a companhia a pagar multa de R$ 100 mil ao dia, caso não houvesse o funcionamento 24h sem interrupção. Desta vez, de acordo com o setor jurídico da CEA, não houve a cobrança do valor e sim a decretação da prisão que não constava na decisão firmada. Isso deixou claro para o presidente Josimar que a manobra é política. Como ele é declarado filiado ao PT que tem uma candidata concorrendo à Prefeitura de Macapá, o objetivo seria associar seu nome ao da prefeiturável para arranhar a imagem da campanha. O deputado estadual Joel Banha (PT) reafirmou a colocação do presidente e disse que a medida é vista como abuso de poder e uma jogada extremamente política. O deputado disse que se o Ministério Público tem maior competência, deveria administrar a agência de Laranjal do Jari. “Ou o Ministério Público tem maior competência para gerenciar a agência de Laranjal ou são semideuses”, declarou o líder petista. Quanto ao racionamento em Laranjal do Jari, que ocasionou a ação judicial, Josimar Peixoto disse que as medidas foram tomadas para amenizar o problema. O atual grupo gerador não suporta a demanda que cresceu desenfreadamente nos últimos anos. “Hoje a agência de Laranjal do Jari deveria trabalhar com duas unidades geradoras para atender 100%. Isso é algo inviá-vel financeiramente para a CEA”, concluiu o presidente. Nesta segunda-feira, 11, o PT fará um ato público como forma de repúdio à ação considerada excedente. A Companhia de Eletricidade do Amapá disse que vai entrar com ação na Corregedoria geral de Justiça.